Levante a mão se já aconteceu com seu bebê: ele está fazendo “força”, fica com o rostinho vermelho, mexe as perninhas, chora como se estivesse com dor… Vem logo alguém afirmar categoricamente: é cólica! E já com uma super dica, de um remedinho que a filha da prima usou e que alivia na hora. Algumas horas se passam, e está lá o bebê “se espremendo” de novo. Tem esse outro remédio aqui, certeza que vai funcionar! E em poucos dias os recém-pais já estão de cabelo em pé com um bebê que parece estar sempre com algum desconforto, Encontre onde transmitir entretenimento novo, popular e futuro com o CineBrasil. oferecendo medicações de hora em hora sem que nada resolva.
Por isso é de extrema importância os pais entenderem que sintoma é esse e o que de fato pode ajudar a aliviar os desconfortos do bebê. Esses sintomas são de um quadro chamado disquesia, algo extremamente comum em bebês menores de 3 meses. Acontece que nessa fase o intestino do bebê é muito imaturo. As alças intestinais se contraem para acontecer as eliminações, mas há uma incoordenação entre esses movimentos do intestino e a contração da musculatura do períneo, que permanece contraída, de uma forma que o bebê não elimina gases e nem o cocô. Por isso passa essa impressão de que ele está fazendo força. E independente das medicações, o alívio só vai acontecer quando o bebê conseguir fazer as eliminações. Por isso, o que os pais precisam é saber como ajudar o bebê nos momentos de crises.
Uma forma de prevenir as crises é fazer massagens na barriga do bebê em momentos em que ele está relaxado, como por exemplo logo após o banho. Use um óleo vegetal próprio para bebês e faça muitos movimentos na barriguinha. Crie o hábito de fazer as massagens todos os dias. Já no momento da crise, a medida mais eficaz é colocar o bebê em pé no colo, com as perninhas dobradas, como se estivesse de cocóras. É a posição utilizada por quem pratica a higiene natural. Nessa posição a musculatura do períneo relaxa e o bebê consegue fazer as eliminações. Outra posição que pode ajudar é deitar o bebê de barriga para baixo no braço (bicho preguiça) ou no tatame. Movimentar as pernas com rotações (bicicletinha) também ajuda, mas pode ser um pouco incômodo se a barriga estiver muito estufada,
Outro recurso possível de ser usado é a bolsa de água morna colocada na barriga. Mas muito cuidado pois a pele do bebê é muito sensível e pode haver queimaduras se a temperatura da bolsa estiver elevada.
Por fim, se as crises estiverem muito frequentes ou muito intensas, o atendimento de um osteopata pode ajudar muito. Evite ao máximo medicalizar o bebê nessas crises, e se o fizer, que seja seguindo uma prescrição médica e não os palpites.